Apostar em iniciativas inovadoras é uma estratégia utilizada por várias empresas para se destacar no mercado. A prática costuma se mostrar eficiente em qualquer que seja o momento econômico. Em épocas de desaceleração, porém, essa estratégia muitas vezes deixa de ser apenas um diferencial competitivo e se torna determinante para a sustentabilidade dos negócios.
Durante a quarentena enfrentada pelo mundo todo em função da COVID-19, as empresas estão vivenciando situações e problemas até então inéditos. Nesse momento, é importante as empresas e gestores verem a crise como uma oportunidade para testar e até mesmo acelerar transformações.
Como inovar em tempos de crise?
A globalização e a crescente transformação tecnológica estimulam cada vez mais a competitividade. Antes mesmo da pandemia, portanto, o mercado mundial exigia inovação e criatividade.
A chegada inesperada da crise modificou esse cenário. Em geral, a primeira reação dos negócios diante da COVID-19 foi se fechar e se retrair. De certa forma, isso era previsto, já que momentos de ameaça estimulam esse comportamento. Passado o baque inicial, entretanto, é chegada a hora de explorar oportunidades com a crise. Confira quatro dicas a seguir:
Mais do que nunca, os canais digitais se mostram essenciais nesse momento de crise. As empresas que até então não estavam altamente ligadas a esse tema estão precisando entrar de vez no mundo digital.
Lojas que tinham a venda digital como estratégia futura estão cada vez mais entendendo que o comércio online deixou de ser opção para se tornar um serviço obrigatório. O mesmo ocorre com restaurantes e demais serviços de alimentação. Instituições de ensino que não ofereciam aulas online também adotaram essa prática.
Quando a pandemia passar, o hábito de comprar serviços e produtos online deve se manter em boa parte dos consumidores. Para isso, as empresas devem estruturar seus canais digitais de forma funcional e prática. Se antes o e-commerce já estava em alta, agora esse mercado deve despontar ainda mais.
Na hora de enxergar a crise como oportunidade de crescimento, é importante lembrar que a retração não é regional: a pandemia vem afetando os negócios do mundo todo. Com isso em mente, vale se questionar como sua empresa pode ser útil para o consumidor que também está passando por um momento de dificuldade.
Por exemplo, se a sua empresa tem o projeto de um novo produto que conta com o preço como principal diferencial competitivo, agora é o momento para ele ser lançado! Um item caro de uma marca conhecida possivelmente vai registrar quedas nesse momento de retração. É a hora, portanto, de desenvolver um produto similar com qualidade e preço mais acessível. Na crise, as demandas não deixam de existir – elas apenas se reinventam!
O mesmo deve ser aplicado a projetos que atendem a novas necessidades. Os consumidores estão buscando por soluções e produtos que tragam mais segurança a suas famílias e conforto a suas casas. Se a sua empresa pode oferecer alguma melhoria nesse sentido, não há momento mais adequado para testar a inovação!
Uma das primeiras medidas adotadas na pandemia foi o home office. Praticamente todas as empresas adotaram essa estratégia em pequena ou grande escala. Mas e depois da pandemia, será que todos os colaboradores voltarão a trabalhar em seus antigos postos de trabalho?
Pesquisas apontam que essa tendência deve se manter em parte dos negócios. Para avaliar se a medida é ou não uma boa estratégia, cada empresa deve calcular quanto está sendo economizado com a prática e se a equipe recebeu a estratégia de forma positiva. O indicado também é agendar encontros e reuniões pessoalmente com alguma frequência, para assim manter o contato e a aproximação entre as equipes.
Outro fator importante nesse sentido é oferecer uma boa estrutura a todos os colaboradores que aderirem ao home office. Na pandemia, devido à urgência do momento, muitos funcionários tiveram que trabalhar de casa sem contar com condições adequadas, como computador eficiente e cadeira confortável. Se o home office se tornar uma estratégia fixa de trabalho, as empresas devem avaliar essas questões de forma individual, visto que interferem diretamente na produtividade e na saúde das equipes.
No setor produtivo, toda retração é um ótimo momento para analisar os processos com calma. Quando os pedidos estão a mil, fica mais difícil avaliar se o maquinário está adequado, se a distribuição das equipes está assertiva e assim por diante.
Com a fábrica mais ociosa, os relatórios de produção devem ser comparados e analisados com calma. É bem possível que as empresas percebam processos que podem ser aprimorados. A análise de dados como suporte às decisões dos gestores vem se tornando uma tendência cada vez maior no mercado.
Ao mesmo tempo que avaliam processos produtivos e investem em tecnologias do setor, as empresas também podem implantar melhorias na gestão geral do negócio. Ter um bom controle do fluxo de caixa, capacitar as equipes, apostar em uma comunicação transparente e treinar as lideranças são exemplos de práticas que precisam estar em alta. Os negócios que focam apenas em atualizações na produção e esquecem as melhorias na gestão acabam sendo penalizados especialmente em tempos de crise.
Inovar na crise ou inovar sempre?
A inovação em tempos de crise é altamente recomendada para todos os negócios, mas vale destacar que quem utiliza essa estratégia de forma contínua costuma ter mais resultados. Isso ocorre porque os negócios que já contam com estratégias inovadoras normalmente têm mais familiaridade e facilidade com o assunto.
Sempre que possível, portanto, as empresas devem concentrar esforços e investimentos em produtos e soluções inovadoras – mesmo quando o faturamento estiver superando expectativas e aparentemente nada precise ser mudado. Dessa forma, a marca estará preparada para uma mudança no cenário econômico e não precisará partir do zero para traçar uma estratégia. A inovação sempre é a referência de como fazer da crise uma oportunidade.
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