Cansado de ler? Então ouça este artigo: |
A indústria, principalmente a automotiva, passa constantemente por avanços que transformam e aceleram todo o ecossistema econômico e da mobilidade. Durante a Feira de Hannover de 2011, na Alemanha, o termo Revolução Industrial 4.0 passou a classificar os projetos baseados em soluções tecnológicas (inteligência artificial, robótica, computação e a internet das coisas) como benefícios diretos à indústria e, consequentemente, foram sentidas significativas mudanças nos negócios e no dia a dia dos profissionais.
Antes, pensar em indústria automotiva era ter na memória os colaboradores mais clássicos para o nicho, como engenheiros, mecânicos, funileiros, eletricistas, pintores e afins. Agora, com a quarta revolução, o perfil dos profissionais que atuam no mercado foi redefinido, além dos conhecimentos técnicos, são necessárias habilidades com uso da tecnologia, acesso ao mundo digital, ideias que contribuam para o crescimento dos negócios e uma afinidade com a cultura organizacional das companhias.
A pesquisa “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”, realizada pela consultoria de recursos humanos Robert Half, em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral, entrevistou 700 profissionais empregados e 37% deles dizem que valorizam a cultura da empresa que atuam e 41% levam em consideração os desafios propostos pelas companhias em que atuam. Também foram ouvidos profissionais desempregados, nesse grupo, 50% revelam que a cultura do contratante é um dos fatores que influenciará na escolha do emprego, comprovando que o novo perfil de profissionais está alinhado às expectativas da Indústria 4.0.
Isso nos mostra que a tecnologia abre caminhos, transforma e redimensiona o ser humano. Na indústria automotiva, a experiência adquirida nas plantas de produção de veículos automotores aliadas às ideias de inovação e fontes de conhecimento tecnológico, interliga empresas tradicionais e proporciona novas conexões.
Diante disso, podemos dizer que o mindset das empresas está mudando e que o ecossistema industrial precisa, cada vez mais, de pessoas certas e engajadas. Não há uma receita de bolo, mas a troca de conhecimento entre profissionais de diferentes gerações, com experiências e visões de mundo distintas, ajuda a criar um ambiente de inovação.
Atualmente, a indústria depende muito mais das pessoas com espírito colaborativo e empreendedor do que propriamente da tecnologia, que nada mais é do que um meio de aceleração e habilitação para o crescimento. Sem colaboradores com a visão e expectativas inovadoras, a estagnação tende a se instalar, independentemente do ramo de atuação.
No campo da mobilidade, o espaço para soluções inovadoras, criativas e visionárias é cada dia mais amplo. O objetivo é um só: projetar o futuro dos grandes centros urbanos. Por isso, pensar, recalcular e definir metas arrojadas, baseadas em estratégias que equilibram alta tecnologia às ideias de profissionais engajados e que acreditam no futuro do sistema, são, antes de tudo, uma urgência para as grandes empresas que ainda continuam com processos mais tradicionais.
Joao Paulo Ledur
COMPARTILHAR
Coordenação Geral
Departamento de Marketing
Produção e edição de textos
Sabrina Leme MTB-RS 15062
Projeto Gráfico
Vinicius Pauletti