Cansado de ler? Então ouça este artigo: |
Com o surgimento da pandemia, inúmeras áreas observaram a necessidade de se adaptar. Com o segmento dos transportes não foi diferente. Quanto mais pessoas aglomeradas o espaço continha, mais ele precisou mudar e se adaptar. Portanto, a adaptação para os meios de transporte públicos foi um desafio e tanto.
Como continuar transportando pessoas de um local a outro, garantindo a proteção, a segurança e a saúde de todos envolvidos neste processo? Foi pensando nisso que a empresa Marcopolo desenvolveu a BioSafe: uma plataforma de soluções em biossegurança, focada em oferecer inovações e tecnologias especializadas, tornando o transporte coletivo e os espaços públicos e privados mais protegidos e seguros.
Para verificar se as soluções apresentadas pela plataforma BioSafe realmente funcionam e são eficazes na prevenção contra a COVID-19, entrevistamos a Dra. Cláudia Wollheim, professora adjunto de Microbiologia, coordenadora e responsável técnica do Laboratório de Microbiologia Clínica. Confira a entrevista:
Elas promovem a biossegurança no transporte coletivo, pois são um conjunto de variadas medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminando riscos relacionadas à transmissão de doenças infectocontagiosas.
O sanitário é um local onde a contaminação com microrganismos infecciosos pode ocorrer de forma direta ou indireta. As mãos, por exemplo, são uma importante fonte de transmissão, que pode se dar através da maçaneta, do vaso sanitário, da torneira, da válvula de descarga, entre outros. Dar a descarga sem fechar a tampa é outro ponto central de dispersão de microrganismos.
O uso de radiação ultravioleta do tipo C pode ser uma medida adicional à desinfecção ambiental dos sanitários, que atua no controle microbiológico do ar e também das superfícies. A radiação UV-C, emitida por lâmpadas especiais, é um mecanismo físico no qual a inativação microbiana ocorre pela absorção da luz. Essa absorção promove uma reação fotoquímica capaz de alterar componentes moleculares essenciais para as funções celulares, causando danos nos ácidos nucléicos (DNA e RNA) e, consequentemente, a morte de agentes infecciosos como bactérias, fungos e vírus.
É importante ressaltar que o uso dessa solução não substitui a limpeza do ambiente. A superfície de um banheiro sujo pode se tornar um lugar ideal para que micro-organismos cresçam e se desenvolvam.
A dinâmica da pandemia do novo coronavírus mostra que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por contágio direto (estando próximo à indivíduos infectados) ou por contágio indireto (por meio de superfícies e objetos contaminados principalmente pela tosse e espirro de indivíduos infectados).
Portanto, as barreiras físicas são, sim, recursos que reduzem o contágio entre as pessoas por meio de secreções respiratórias e saliva. Para isso, elas precisam ser confeccionadas de material impermeável e de fácil higienização, como acrílico ou vidro.
Os aditivos antimicrobianos são compostos sintéticos que podem ser orgânicos ou inorgânicos. Eles matam ou inibem o crescimento de microrganismos como vírus, bactérias e fungos. Estes aditivos podem ser incorporados em diferentes materiais, na forma de micropartículas e nanopartículas antimicrobianas.
Os aditivos orgânicos atuam pela migração do componente ativo para a superfície da peça, formando um filme que é reposto por novas migrações na medida em que os aditivos são consumidos. Já os agentes inorgânicos utilizam íons metálicos — como prata, zinco e cobre — e, geralmente, não são eliminados no meio, causando um efeito antimicrobiano mais duradouro.
Vários fatores podem afetar a atividade antimicrobiana dos aditivos, como o processo de incorporação no material, sua concentração, características das partículas do aditivo, a área de superfície de ação, a atividade em sinergia com outros agentes antimicrobiano e o tipo de microrganismo alvo.
É reconhecido que a prática da higienização das mãos reduz significativamente a transmissão de microrganismos e, consequentemente, diminui a incidência das infecções preveníveis. Quando utilizado da forma correta, este antisséptico é eficaz no combate a contaminações e reduz a presença de microrganismos nocivos à saúde, como vírus e bactérias.
É importante lembrar que a concentração (70%), a quantidade aplicada e a técnica de uso são fatores importantes na eficiência do produto, e que ele pode ser ineficiente em mãos que estiverem muito sujas. Neste caso, é recomendado sempre lavar com água e sabão previamente.
Estas medidas de biossegurança são eficientes também para outras doenças infectocontagiosas de transmissão aérea por gotículas, como resfriados, gripes, entre outras patologias. As soluções também podem ser efetivas para doenças de transmissão por contato direto e indireto.
COMPARTILHAR
Coordenação Geral
Departamento de Marketing
Produção e edição de textos
Sabrina Leme MTB-RS 15062
Projeto Gráfico
Vinicius Pauletti